Máximas, Mínimas

A liberdade é assim
Para muita gente boa:
Direito de incomodar
A vida de outra pessoa.

Ensino de toda parte
A que não foge ninguém:
Cada um fala da vida,
Conforme a vida que tem.

Afeição interrompida
Para livrar-se de lodo,
Será melhor descosê-la,
Nunca rasgá-la de todo.

Não guardes nódoa de mágoa
Na escrita do coração...
Ofensa – mancha de tinta,
Olvido – mata-borrão.

No palco da vida humana,
O rosto que te interessa
Lembra um cartaz que anuncia,
Mas nunca te conta a peça.


Juca Muniz