Saudade

Agradeço o socorro que me deste
Quando cai do conforto do ninho...
Beijaste-me no lenço de alvo linho,
Mas regressaste, cedo, à Luz Celeste...

Venho rogar em teu Lar de cipreste,
A tua bondade, a alegria, o carinho
E o apoio da fé na secura do agreste,
Que serão luz e vida em meu caminho.

Estou no Além... Já procurei-te, em vão,
E seguirei, enfim, onde possa chamar-te,
Sempre com Deus em minha devoção...

Confio em ti, vida de minha vida,
Um dia, hei de encontrar-te, Mãe querida,
Pela saudade atroz do coração.


Luiz de Oliveira