Matéria

Nos sublimes impérios deslumbrantes.
Do mistério das zonas subjetivas,
Em transubstanciações definitivas,
Vive a matéria em células radiantes.

Expressões fenomênicas, constantes,
Nas eternas ações das forças vivas,
Desde a treva das noites primitivas
Dos eternos princípios inquietantes.

Em todos os fenômenos profundos
Dos mecanismos físicos dos mundos
A matéria é a expressão primordial,

Dentro do seu aspecto transitório,
Sob a função passiva de envoltório
Das essências do espírito imortal.


Augusto dos Anjos