Mediunidade Disciplinada

Imaginemos que certa personalidade se disponha a disciplinar as energias medianímicas, segundo os moldes morais da Doutrina Espírita, cujos postulados se destinam a solucionar, tão simplesmente quanto possível, todos os problemas do destino e do ser. 

Admitida ao circulo da atividade espiritual, recolherá na oração o reflexo condicionado especifico para exteriorizar as oscilações mentais próprias, no rumo da entidade desencarnada que mais de perto lhe comungue as ideações. 

Decerto que, nos serviços de intercâmbio, experimentará largo período de vacilações e duvidas, porquanto, morando no centro das próprias emanações e recolhendo a influenciação do plano espiritual - com que, muitas vezes, já se encontra inconscientemente automatizada -, a principio supõe que as ondas mentais alheias incorporadas ao campo de seu Espírito não sejam mais que pensamentos arrojados do próprio cérebro. 

Ilhado no fulcro da consciência, de acordo com a Lei do Campo Mental que especifica obrigações para cada ser guindado à luz da razão, habitualmente se tortura o medianeiro, perguntando, imponderado, se não deve interromper o chamado "desenvolvimento mediúnico", já que não consegue, de imediato, discernir as idéias que lhe pertencem das idéias que pertencem a outrem, sem aperceber-se de que ele próprio é um Espírito responsável, com o dever de resguardar a própria vida mental e de enriquece-la com valores mais elevados pela aquisição de virtude e conhecimento.


André Luiz