Nosso Eu
Nosso “eu” é uma concha de trevas que não nos deixa perceber, senão a nós
mesmos.
Espelho mentiroso, que a vaidade forja na esfera acanhada de nosso
individualismo, reflete exclusivamente os nossos caprichos e os nossos desejos, impedindo a penetração da luz.
Aí dentro, nossas dores, nossas conveniências e nossos interesses, surgem sempre exagerados, induzindo-nos à cegueira e ao isolamento.
Mas o Senhor, que se compadece de nossas necessidades, concede-nos, com a cruz
de nossas obrigações diárias, o instrumento da libertação. Suportando-a com fé e
valor, entre os dons da confiança e as bênçãos do trabalho, crucificamos, cada
dia, uma parcela de nossa personalidade inferior, a fim de que nosso espírito –
gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus – possa ser lapidado para a
imortalidade gloriosa.
Meimei