Todos Retornarão
Pacifíquemo-nos, irmãos, para encontrarmos no Livro Santo a luz que ilumina o nosso caminho e, nas vibrações de amor que de suas páginas se irradiam, a fôrça para vencermos a nós mesmos, pois não mais ignoramos que todo mal está na ausência do bem.
Se nossos corações forem capazes de retribuir, com amor, o mal que nos desejem,
êste não irá além daquele que o emite. Somos, no entanto, espíritos sujeitos a
erros e, por isto, falíveis diante das tentações que fazem despertar em nós
sentimentos que lutamos por eliminar. E é por isso que nos são recomendadas a
vigilância e a oração.
Se os instrumentos do mal nos buscam sem que os convidemos, é de imaginar como
se sentem eufóricos e felizes quando, por fugirmos daqueles preceitos de
caridade e amor, lhes abrimos as portas!
Praticamente nada se poderá fazer para evitar que os irmãos que se deixaram
levar nas asas da vaidade venham a cair. A seu tempo, o abuso que fazem de uma
liberdade mal dirigida será a causa de se verem atirados contra as chamas que
lhes queimarão as asas, fazendo-os desequilibrarem-se desastrosamente.
No entanto, não podemos ficar indiferentes; isto seria faltar ao amor e à
caridade. Nossa cooperação com os que se desviam será nos mantermos no caminho e
sustentarmos, sob qualquer condição, a pureza dos ensinos de Jesus. Está, meus
irmãos, em sustentarmos acesa, seja qual seja a tempestade que nos açoite, a luz
que nos confiaram, pois ela será a chama da vida, a luz que os guiará quando,
angustiados e aflitos, rotos e famintos, saírem das trevas em que mergulharam.
Por todos os tempos, a lição ainda se repetirá: haverá sempre os que se
insurgem contra a ordem e a disciplina, haverá sempre os renovadores, mas todos
retornarão ao Evangelho de Jesus, porque êste é, em verdade, o Caminho de
redenção da Humanidade. Aguardemos que também êles, como nós, busquem a luz que
desprezam, seduzidos por miragens. Em verdade, não podem ser acusados de má fé,
mas, sim, de invigilantes.
Paz, luz, humildade e amor em vossos caminhos.
Bittencourt