Vida na Espiritualidade
Na moradia de continuidade para a qual se transfere, encontra, pois, o homem as mesmas leis de gravitação que controlam a Terra, com os dias e as noites marcando a conta do tempo, embora os rigores das estações estejam suprimidos pelos fatores de ambiente que asseguram a harmonia da Natureza, estabelecendo clima quase constante e quase uniforme, como se os equinócios e solstícios entrelaçassem as próprias forças, retificando automaticamente os excessos de influenciação com que se dividem.
Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios, podem
ser aí aclimatados e aprimorados, por determinados períodos de existência, ao
fim dos quais regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que
avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de
acrisolamento, pelas quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra com os
benefícios das chamadas mutações espontâneas.
As plantas, pela configuração celular mais simples, atendem, no plano
extrafísico, à reprodução limitada, aí deixando descendentes que, mais tarde,
volvem também à leira do homem comum, favorecendo, porém, de maneira espontânea,
a solução de diferentes problemas que lhes dizem respeito, sem exigir maior
sacrifício dos habitantes em sua conservação.
Ao longo dessas vastíssimas regiões de matéria sutil que circundam o corpo
ciclópico do Planeta, com extensas zonas cavitárias, sob as linhas que lhe
demarcam o início de aproveitamento, qual se observa na crosta da própria Terra,
a estender-se da superfície continental até o leito dos oceanos, começam as
povoações felizes e menos felizes, tanto quanto as aglomerações infernais de
criaturas desencarnadas que, por temerem as formações dos próprios pensamentos,
se refugiam nas sombras, receando ou detestando a presença da luz.
ESFERAS ESPIRITUAIS - Muitos comunicantes da Vida Espiritual têm afirmado, em
diversos países, que o plano imediato à residência dos homens jaz subdividido em
várias esferas.
Assim é com efeito, não do ponto de vista do espaço, mas sim sob o prisma de
condições, qual ocorre no globo de matéria mais densa, cujo dorso o homem pisa
orgulhosamente.
Para justificar a nossa asserção, lembraremos, em rápida síntese, que a crosta
terrestre, na maior parte dos elementos que a constituem, é sólida, mas
conservando, aqui e ali, vastas cavidades repletas de líquido quente ou material
plástico.
Guarda o orbe grande núcleo no seio, e que podemos considerar como sendo
plasmado num aço de níquel natural, revestido por grossa camada de rocha
basáltica, medindo dois mil quilômetros, aproximadamente, de raio, no tope da
qual, ali e acolá, surgem finas superfícies de rocha granítica, entre as quais a
face basáltica está recoberta de água.
Mais ou menos nessa superfície, reside a zona mais apropriada para indicar o
limite do solo que é, conseqüentemente, o leito do oceano.
Temos, desse modo, os continentes do mundo, como ligeira película, com a
propriedade de flutuar, a maneira de barcaças imensas, sobre o maciço basáltico,
película essa que mantêm a espessura de cinqüenta quilômetros em média.
Encontramos assim, na constituição natural do Planeta, desde a barisfera à
ionosfera, múltiplos círculos de força e atividade na terra, na água e no ar,
tanto quanto nos continentes identificamos as esferas de civilizações e nas civilizações as esferas de classe, a se totalizarem numa só faixa do espaço.
André Luiz