Relacionamento Familiar
O maior problema no relacionamento familiar é que cada um
acredita que a razão lhe pertence. A esposa reclama porque o marido acredita que
é doutor em tudo. Está sempre certo. Não admite que ninguém lhe diga que está
errado.
O marido, por sua vez, fala que a mulher é muito impertinente. Gosta de
confusão. Faz tempestade em copo dágua. O filho reclama que os pais estão
totalmente por fora do mundo e querem governar a sua vida.
Talvez falte um pouco de amor para iluminar o relacionamento afetivo e inspirar
maneiras de conviver com menos egoísmo.
Conta o escritor Tom Anderson que certa vez ouviu alguém afirmar que o amor deve
ser exercitado como um ato da vontade. Uma pessoa pode demonstrar amor através
de gestos simples.
Impressionou-se com o que ouviu. Reconheceu-se egoísta e que havia se tornado
insensível ao amor familiar.
Ficou imaginando que poderia melhorar o relacionamento afetivo se deixasse de
criticar tanto a esposa e os filhos.
Se não ligasse a televisão somente no canal de seu interesse. Se deixasse de se
concentrar na leitura do jornal e desse um pouco de atenção aos familiares.
Durante as férias de duas semanas, em que estavam juntos na praia, decidiu ser
um marido e pai carinhoso.
No primeiro dia, beijou a esposa e falou como ela estava bem, vestindo aquele
suéter amarelo.
Você reparou! - falou admirada.
Logo que chegaram à praia, Tom pensou em descansar. Mas a esposa o convidou para
dar um passeio, junto ao mar. Ia recusar, mas lembrou da promessa que fizera a
si mesmo, por isso foi com ela. No outro dia, a esposa o convidou para visitar
um museu de conchas. Ele detestava museus, mas foi.
Numa das noites, não reclamou quando ela demorou demais para se arrumar e eles
chegaram atrasados a um jantar. E assim se passaram doze dias. As férias estavam
por terminar. Entretanto, Tom fizera a promessa de continuar com aquela
disposição de expressar amor.
Foi então que ele surpreendeu a esposa muito triste. Perguntou-lhe o motivo, ela
lhe indagou: você sabe de alguma coisa que eu não sei?
Por que pergunta? Disse o marido.
Bem, é que eu fiz aqueles exames rotineiros há algumas semanas. Segundo me disse
o médico, estava tudo bem. Mas, por acaso ele disse alguma coisa diferente para
você?
Não, afirmou Tom. Claro que não. Por que deveria?
É que você está sendo tão bom para mim que imaginei estar com uma doença grave,
que iria morrer.
Não, querida, tornou a falar Tom, sorrindo, você não está morrendo. Eu é que
estou começando a viver.
Ao admitir que não somos infalíveis, nos habilitamos a iniciativas maravilhosas
que põem fim aos desentendimentos.
Existem expressões mágicas em favor da harmonia doméstica, como, por exemplo,
dizer:
Cometi um erro.
Você tem razão.
Peço perdão.
Fui indelicado.
Prometo mudar.
Que tal começar hoje mesmo a tentar utilizar uma destas expressões a favor da
paz no lar?
Momento Espírita