Vozes do Direito
A revista da Abrame, editada pela Associação Brasileira dos
Magistrados Espíritas (sediada em Brasília), e, sua edição número 5, de 2005,
traz reportagem completa sobre o III Encontro Nacional dos Magistrados
Espíritas. O evento, ocorrido em Goiânia-GO, em setembro de 2005, teve como tema
central: “Espiritismo e Direito no Século XXI”.
A publicação a que nos referimos muito chama a atenção, pela qualidade
editorial, em bela diagramação, fotos expressivas e conteúdo que bem indica o
próprio subtítulo da edição: O Espiritismo Iluminando o Direito e a Justiça.
A edição, muito rica em informações, destaca toda a programação do evento acima
mencionado, desde a solenidade inaugural, os painéis com seus subtemas, a
síntese das conferências, a Sessão Livre, entre outras reportagens, duas páginas
exclusivas de imagens do evento, além do destaque da campanha Em Defesa da Vida
– promovida conjuntamente pela própria ABRAME, Federação Espírita Brasileira e
Associação Médico-Espírita do Brasil
O que nos motivou à presente abordagem foram os destaques, dados pela revista,
de pronunciamentos dos magistrados durante suas abordagens no citado evento. Os
leitores concluirão por si mesmos na profundidade de tais afirmações, que
selecionamos:
1) Somos protagonistas de uma nova era, a era da luz, a era da transformação, em
que o grande magistrado Jesus aguarda o melhor de nós, para a construção de um
mundo mais justo e amoroso (página 19, em afirmação do Desembargador Luiz
Eduardo de Souza);
2) À medida que o homem desenvolve os sentimentos e a inteligência se aprimora,
as suas leis vão se tornando mais brandas e sua justiça mais equânime (página
21, em frase de Joanna de Ângelis, citada pela Juíza Rosemeire Lopes Fernandes);
3) No reconhecimento da nossa própria falibilidade e na certeza de que a
inspiração superior não falta ao trabalhador sincero, encontraremos, sempre, os
recursos para o julgamento justo, em harmonia com a ordem divina (página 24, em
citação do Juiz Carlos José Martins Gomes);
4) A ignorância do juiz é, com freqüência, a desventura do inocente (página 27,
em frase do Desembargador Honildo Amaral de Mello Castro, na exposição inicial
do terceiro painel da programação, quando citou Santo Agostinho);
5) Somos juízes espíritas, e não juízes e espíritas. Não temos o direito de
impor nossas convicções aos outros, nem precisamos. Apliquemos a Lei, lembrando
as verdades do Cristo (página 29, em frase do Juiz Guilliod Maranhão);
6) A missão do juiz é pacificar com justiça. Deve agir com independência, mas,
sobretudo, com serenidade (página 38, na conferência de encerramento da Juíza
Mônica Autran Machado Nobre);
7) Aquele que tem uma palavra de carinho, uma palavra de afeto para com as
partes, esse é o juiz do século XXI (página 39, em palavras da magistrada Maria
Isabel).
A edição toda traz enorme satisfação de leitura na constatação da influência do
pensamento espírita em todos os segmentos da sociedade brasileira. Diversas
categorias profissionais têm unido esforços no sentido de ampliar e aplicar o
conhecimento espírita. Isso demonstra o amadurecimento da mentalidade humana e,
sem dúvida, a influência do Espiritismo no progresso da humanidade.
No próprio editorial da citada edição, o destaque está absolutamente coerente
com todos os destaques acima selecionados: “A Abrame afirma-se como instituição
nacional, a serviço dos magistrados e da sociedade (...) A Espiritualidade
Superior outorgou-nos a tarefa pioneira de construir caminhos para a
espiritualização do Direito e a humanização da Justiça”.
Nossos cumprimentos à ABRAME e aos Senhores Magistrados. Nós, os leigos no
assunto, sentimo-nos muito estimulados com o trabalho levado a efeito, com
persistência e seriedade, pela notável instituição.
Orson Carrara