Dez Apontamentos de Paz
1. Aprenda a desculpar infinitamente para que os seus erros, à
frente dos outros, sejam esquecidos e perdoados.
2. Cale-se, diante do escárnio e da ofensa, sustentando o silêncio edificante,
capaz de ambientar-lhe a palavra fraterna em momento oportuno.
3. Não cultive desafetos, recordando que a aversão por determinada criatura é,
quase sempre, o resultado da aversão que lhe impuseste.
4. Não permita que o egoísmo e a vaidade, o orgulho e a discórdia se enraízem no
seu coração, lembrando que toda a idéia de superestimação dos próprios valores é
adubo nos espinheiros da irritação e do ódio.
5. Perante o companheiro que se rendeu às tentações de natureza inferior, deixe
que a compaixão lhe ilumine os pontos de vista, pensando que, em outras
circunstâncias, poderia você ocupar-lhe a indesejável situação e o lugar triste.
6. Não erga a sua voz demasiado e nem tempere a sua frase com fel para que a sua
palavra não envenene as chagas do próximo.
7. Levante-se, cada dia, com a disposição de servir sem a preocupação de ser
servido, de auxiliar sem retribuição e cooperar sem recompensa, para que a
solidariedade espontânea te favoreça com os créditos e recursos da simpatia.
8. Esqueça a calúnia e a maledicência, a perversidade e as aflições que lhe
dilaceram a alma, entendendo nas dores e obstáculos do mundo as suas melhores
oportunidades de redenção.
9. Lembre-se de que os seus credores estão registrando a linguagem de seus
exemplos e perdoar-lhe-ão as faltas e os débitos, à medida que você se fizer o
benfeitor desinteressado de muitos.
10. Não julgue que o serviço da paz seja mero problema de boca mas, sim,
testemunho de amor e renúncia, regeneração e humildade da própria vida, porque,
somente ao preço de nosso próprio suor, na obra do bem, é que conseguiremos
reconciliar-nos, mais depressa, com os nossos adversários, segundo a lição do
Senhor.
André Luiz