O Que Penso dos Nossos Pais

A idade vai avançando, na plenitude da vida; e a vida vai-nos mostrando os caminhos a serem trilhados. Mas, é necessário longo tempo, com as bênçãos de Deus, para atingirmos o aprendizado.
Quando crianças, até certa idade somos apegados aos nossos pais, por estarmos a eles ligados, biológica e espiritualmente, em obediência ao pensamento divino. Entretanto, aos poucos nos alcançam anseios de liberdade; começamos a pensar por nós mesmos, encontrando em nossos pais algo que nos entrava os impulsos.
A partir dessa circunstância, tornamo-nos propensos a encontrar defeitos em nossos pais; queremos nos afastar um pouco do lar, rejeitar a educação, e as disciplinas impostas por eles. Essa vontade que surge no nosso mundo íntimo, por vezes tem uma razão de ser. Todavia, é preciso que se faça uma análise minuciosa, a fim de não cairmos nos extremos das inconveniências...
Em primeiro lugar, somos filhos de Deus... Depois, compromissados com o lar. E é a interação dos regulamentos dos dois planos que faz dissiparem as dúvidas, surgindo o bom senso em tudo o que pensamos e fazemos, de forma a nascer em nós uma personalidade divina, concretizando em nosso íntimo a mais alta formação espiritual, consubstanciada no Amor.
Não devemos alimentar a idéia de que o lar é uma prisão. Nem considerarmos os pais como carrascos. O fato de sermos crianças ou adolescentes, não nos serve de desculpa, pois somos, todos, espíritos milenares, revestindo formas diversas, na esteira do progresso.
Nossos pais estão nos ajudando, em nossas jornadas, e recebendo ajuda das nossas presenças. O jovem de hoje compreende o seu dever ante a sua família e perante a sociedade. Ele traz, na subconsciência, a recordação do que aprendeu no mundo espiritual, e junto à escola do mundo físico.
Os jovens espíritas têm uma obrigação maior, por conhecerem os livros provenientes do nosso plano, contendo elevadas lições. Ensinando o Amor, em todas as suas gamas de entendimentos, o Espiritismo fala, em muitas dimensões, a palavra do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Estamos tentando dizer aos jovens algumas coisas do que se refere à conduta. No trânsito no lar, devem fazer amizade profunda com seus pais, e, na fusão desse amor, quantas dívidas se resgatam? Se foram inimigos no passado, passam a ser amigos no presente; a harmonia vai crescendo, nas emoções da fraternidade; a Terra, cheia de espinhos, no dizer dos próprios homens, torna-se Chão de Rosas, para alegria dos nossos corações.
Meu filho: se teus pais precisam de certas corrigendas, não o faça usando o verbo violento; emprega o exemplo de vida, que eles entenderão, passando a copiar-te. Não penses que teus pais são maus; eles são teus companheiros, com as mesmas necessidades de melhora.
Começa a pensar que teus progenitores são enviados de Deus, para te educarem, e as tuas vidas mudarão, todos os dias, em bênçãos de flores, com perfumes de Amor.


Scheilla