Hora Grave
Vivemos uma hora grave na economia moral e social do planeta
terrestre. A hora da grande luta soa na ampulheta dos tempos. A separação das
ovelhas dá-se espontaneamente através da lei das afinidades. Honrados com o
conhecimento libertador da Doutrina Espírita, descobrimos que este é o nosso
momento de auto-iluminação.
É a hora do despertamento para as nossas atividades libertadoras. Chega o
instante da grande decisão: luz ou trevas; ação no bem ou acumpliciamento com o
erro.
Não há outra alternativa.
No passado, embora conhecendo Jesus através da estreiteza dogmática e da
intolerância teológica, optamos por transformar a Sua mensagem em um partido de
dominação político-religiosa que vem escravizando as consciências longe do amor.
Hoje não.
Banhados pelo sol da razão, descobrimos os deveres que nos compete atender e
despertamos para a realidade do ser imortal que somos.
Sigamos a trilha sem olhar para trás. Reflexionemos profundamente nas lições da
Doutrina, conforme exaradas na Codificação, e, vivendo a inteireza do postulado
do amor, deixemos que a caridade esteja luzindo em nossa vida.
Meus filhos, Jesus quer que apressemos a nossa marcha, e segue à frente hoje,
como ontem, conclamando-nos ao ministério da construção do mundo novo. Não nos
detenhamos nas discussões infrutíferas. Não relacionemos desafios e
dificuldades.
Não coletemos mágoas ou desaires. Estuemos de júbilo pela oportunidade rara de
servir e de nos libertarmos do erro que nos vem escravizando há milênios.
O Senhor espera que cada um de nós, Espírito encarnado ou desencarnado que
abraça a Doutrina Espírita, cumpra com o seu dever.
E este, mediante a fidelidade aos objetivos desenhados na Doutrina, exaltados no
amor, está aguardando por nós e impondo-nos a necessidade de permanecermos até o
fim, apesar das vicissitudes e das dificuldades.
A mediunidade é a ponte de luz atirada do abismo terrestre na direção do
infinito de amor. Deixai que por ela transitem os seres imortais, trazendo para
o mundo a revelação da imortalidade.
Ide em paz, e que o Senhor vos abençoe. São os votos do servidor, humílimo e
paternal de sempre,
Bezerra de Menezes