À Margem da Estrada
Não passes pelo mundo sem acrescentar o teu tijolo à magnífica
construção do bem.
Não permitas que os teus dias se escoem sem que algo faças de útil em benefício
do próximo.
Não deixes que a tua oportunidade de servir se perca no grande vazio das horas
inúteis.
Não consintas em viver exclusivamente para os interesses pessoais.
Não adotes o comodismo por norma de conduta, refletindo que Jesus permanece no
madeiro, braços abertos, à nossa espera.
Enquanto tens forças para caminhar, sai de ti mesmo ao encontro daqueles que
choram à margem da estrada...
Atende-os, como se fossem eles – e realmente o são – vida de tua própria vida.
Liberta-te dos pesados grilhões da indiferença!
Sê a fonte de água pura para os sedentos, a côdea de pão para os famintos, a
veste aconchegante para os que sentem frio, o bálsamo para as feridas que
sangram, a mão amiga para os que tropeçam, o consolo para os que sofrem....
Recordando a palavra do Mestre: “Eu vos digo em verdade, quantas vezes o
fizestes com relação a um desses mais pequenos de meus irmãos, foi a mim que
fizeste”, apressa-te no cumprimento do dever, porquanto, todas as vezes que te
furtares à prática do bem, estarás, em essência, negando auxílio Àquele a quem
tudo devemos.
Irmão José