Emissão de Pensamentos
Toda mente tem um transmissor incomparável estruturado para
emitir ondas longas ou curtas, metragem e microformas, com a sua linguagem
específica, de acordo com as necessidades. Mesmo que queiramos, nunca
conseguiremos parar de pensar, pois a mente é um dínamo sagrado ligado á suprema
inteligência universal, pela qual flui, ininterruptamente, a vontade de Deus.
Procuremos analisar os pensamentos desde os seus princípios mais rudimentares, e
notaremos que somente co-participamos, com muita eficiência, na sua engenhosa
formação e transmissão de idéias. Contudo, quase somos realistas ao aceitarmos
as nossas responsabilidades de ajudar na emissão dos pensamentos em direção aos
nossos semelhantes. Pensar é viver, e viver melhor é pensar conscientemente,
fazendo o que nos toca com mais perfeição. A estupenda energia dos pensamentos
cria formas admiráveis, alimenta uma gama de coisas sem precedentes, atuando em
todas as linhas do metabolismo, harmonizando todos os mundos celulares, se sua
formação congênita é o amor e a caridade em suas variadas extensões.
O espírito é o centro energético de atividades imensuráveis, reguladas por leis
justas, de modo a manter o corpo na mais perfeita harmonia. Ele emite para suas
formas diversas correntes sutis, potencializando todo o agregado do soma, tanto
quanto dos corpos de mais alta freqüência vibratória. A projeção é feita pela
mente, ante os canais sustentadores da vida. Reflitamos sobre o bem ou o mal que
poderemos fazer, no uso daquilo que é mais sagrado na nossa vida - pensar,
emitir idéias e estas se consubstanciarem em valores pelo verbo, e este se
identificar pela escrita, onde poderá se transformar em fonte sublimada para a
paz da consciência e o bem de todos os semelhantes.
Vigiemos, pois, nossas emissões mentais. Todo esforço neste sentido é louvável,
mesmo que não atinjamos totalmente a pureza desejada. Já é um pouco de luz a
despontar no coração e na inteligência dos operários do bem, na reconstrução da
personalidade envolvida no engano, por influência da ignorância, e para esse
trabalho, divino por excelência, não é preciso nos reportarmos à puberdade do
espírito, que está perdida na profusão do tempo e do espaço, porque a sua
própria razão se esgota, quando tente perceber a embriologia espiritual de si
mesmo.
Avancemos com os conhecimentos que temos em mãos. Eles nos dão, mesmo na sua
simplicidade, meios para iniciarmos os primeiros passos na grande escalada
infinita da evolução. A mente só cria, igualmente, imagens compatíveis com a sua
própria estrutura espiritual, na formação do eu. O pai não Se esqueceu do
estabilizadores, de modo que as voltagens etéricas surgem no cenário do cérebro,
conectadas no volume justo a ser suportado pelo ser pensante. Daí, é que
ajustamos essa idéia aos ensinos do Evangelho, que comenta, em certo trecho: “
Não são colocados fardos pesados em ombros frágeis”.
A massa encefálica é o topo da cruz humana, e nela se encrava um astro divino,
que se manifesta, em parte. por acanhados sentidos; e as idéias oriundas dessa
claridade semeiam vida por toda a lavoura biológica. E essa vida se expressa por
escala infinitas, de acordo com a sua maturidade, que é conhecida pelo que a
alma pensa, pelo que faz, pelo que vive.
A nossa mente atinge todo o corpo físico através dos pensamentos, que encontram
seus reatores nos variados plexos, para depois acionar as glândulas responsáveis
por todo o conjunto orgânico. Se as emissões dos pensamentos forem boas, todo o
templo do espírito estará em paz. Se não, sofreremos, hoje ou amanhã, as
nefastas conseqüências causadas pelas invigilâncias do inquilino do corpo.
Deveremos dar início, se não temos costume ainda, ao cultivo do amor, da alegria
pura, das emoções superiores, da caridade e do perdão, da tolerância e da
solidariedade para com todas as criaturas. Essas tentativas, por nós iniciadas,
darão ensejo a um bom ambiente para a consciência interna nos ajudar a plasmar,
no flóreo clarão divino que entra em nós, idéias de alta elevação espiritual,
tornando-nos livres da velha sombra que nos acompanha há milênios, denominada
ignorância.
Miramez