Degredados
As desditosas almas desterradas
Choram de angústia no caminho estreito
Onde o homem – misérrimo e imperfeito –
Palmilha escabrosíssimas estradas...
E recordam radiosas alvoradas,
Deslumbramentos no infinito Eleito,
Onde a luz da justiça e do direito
É a alma das leis na Terra desprezadas!
Ó vós que andais idealizando o brilho
Da luz celeste sobre o vosso exílio,
Que é um deserto de sombra merencória!
Para que esplenda a luz da nova era,
Lutai! Porque a ventura vos espera
Na eternidade lúcida da glória!
Cruz e Souza