Companheiros de Jornada
Talvez que um dos mais belos espetáculos ante a
Espiritualidade Superior, seja o de anotar a persistência dos companheiros
enfaixados na Vida Física, sempre que se mostrem decididamente empenhados a
lutar pela vitória do bem.
Companheiros que, em muitas ocasiões comparecem nas tarefas do bem, vergados ao
peso do sofrimento; que se reconhecem constantemente visitados por forças
contrárias aos compromissos que abraçam a lhe testarem a resistência; que, não
raro, suportam tempestades ocultas na própria alma; que, às vezes, se sentem
espancados por injúrias nascidas de muitos daqueles aos quais se afeiçoaram com
os mais altos valores da própria vida e, que, no entanto, renovam as próprias
forças na oração, através da qual confiam em Deus e em si mesmos, prosseguindo
adiante nos encargos construtivos que lhes dizem respeito.
Em outras circunstâncias, eles próprios caem no erro, sempre natural naqueles
que ainda caminham sob os véus da existência física, mas sabem reerguer-se, de
imediato, com suficiente humildade para o recomeço da marcha.
E trabalham. E se esfalfam na própria melhoria, respeitando a estrada dos
outros, da qual recolhem exemplos edificantes, sem procurarem qualquer motivação
à censura, evitando congelar a seara alheia.
Se te propões a colaborar no levantamento do bem de todos, não desistas de agir
e servir.
Momentos sobrevirão em que o teu campo de atividades parecerá coberto de sombras
e sentirás talvez o coração transido de lágrimas.
Ainda assim, não te marginalizes.
Chora, mas prossegue lutando e trabalhando pelo bem comum.
Se tropeças, reajusta-te.
Se cais, levanta-te e continua em serviço.
Se desenganos te requisitam, toma ao replantio de esperanças maiores e segue
adiante, amando e auxiliando no melhor a fazer.
Relacionado as dificuldades que todos trazemos, por enquanto, nos recessos do
ser, é justo considerar que a vitória em nós e sobre nós ainda nos custará muito
esforço de construção e reajuste, entretanto, para altear-nos ao ideal do bem,
fixando energias para sustenta-lo, recordemos o Cristo de Deus; regressando,
depois da morte, à convivência dos discípulos, Jesus nem de longe lhes assinala
as deficiências e as fraquezas e sim lhes reafirma em plenitude de confiança: -
"Estarei convosco até o fim dos séculos."
Emmanuel