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Jorginho era um garoto encantador e era a alegria de sua avó, que morava com a família.

Dona Marta ficava feliz em poder estar com ele, cuidá-lo, enquanto os pais ficavam fora a trabalho.

Tudo transcorria bem naquele lar até que ela adoeceu e precisou ser internada em um hospital.

Os pais procuraram distrair o pequeno para que não se pusesse a chorar, vendo a senhora sofrer, e lhe disseram que ela fora viajar.

Nunca o levaram ao hospital para visitá-la. Depois de alguns dias, não resistindo, dona Marta partiu para a Espiritualidade.

E como alguns pais fazem, tudo ocultaram do menino. Para todos os efeitos, vovó continuava viajando.

Então, durante um jantar, quando se reuniam à mesa, o menino perguntou:

Mamãe, por que você não arrumou o lugar da vovó na mesa?

Surpresa, a senhora gaguejou um pouco e disse que dona Marta ainda estava viajando.

Ela voltou, não está vendo? – Foi a resposta rápida do pequeno. Ela está ali, sentadinha no lugar dela.

Está me dizendo que veio se despedir, porque não fez isso antes e ela vai viajar para muito longe.

Os pais ficaram um pouco assustados, sem saber o que pensar. Para eles, aquilo era algo que não conseguiam entender.

Nos dias seguintes, vez ou outra, surpreenderam o filho conversando com a avó e se preocuparam com a sua saúde mental.

Buscaram explicações e encontraram a maravilhosa informação a respeito da vida imortal.

Aprenderam que o Espírito, o detentor dos sentimentos e dos conhecimentos, das lembranças e dos amores, não morre nunca.

Foi assim que, compreendendo o que acontecia, entenderam que Jorginho tinha a possibilidade de ver o Espírito da avó, que o visitava.

Finalmente, um dia, o garoto disse que a vovó se despedira mesmo porque chegara a hora dela ir para outro lugar.

Sua mensagem final foi de gratidão ao filho, à nora e ao neto.

E os pais viram o pequeno fazer o gesto característico de quem abraça e é abraçado. Era a despedida, depois da qual o menino ficou tranquilo, entendendo a ausência física da avó.

Saber que a vida prossegue depois da morte traz tranquilidade aos que permanecemos na carne.

Compreender que o amor que construímos e espalhamos estará sempre ao nosso redor, nos alimentando, é um doce consolo. Entender que o aprendizado, que armazenamos em nossa mente, não se perderá jamais, nos convida a aprendermos sempre, mesmo que se dobrem os anos.

Saber que a nossa felicidade ou infelicidade futuras depende dos sentimentos que nutrirmos, nos concede rumos para nossa jornada, nos convidando a plantar flores na caminhada, para colhermos perfumes mais tarde.

Tudo isso é de muita importância. Entretanto, na qualidade de pais, devemos aprender a não esconder a realidade da morte física dos nossos pequenos.

Afinal, a morte alcança os seus animais de estimação. Também as pessoas que amam.

Falar-lhes da enfermidade que os abraça, da morte que os arrebata fisicamente, é lição que não devemos postergar, nem esquecer.

Tudo isso lhes permitirá, inclusive, valorizar ainda mais as suas presenças, enquanto neste mundo de cá.


Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5775&stat=0


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