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Narra-se, na História do Cristianismo primitivo, que, ao se acirrarem os ódios romanos contra os seguidores de Jesus, os amigos de Simão Pedro aconselharam-no a sair de Roma, porque ele era a valiosa testemunha da vida e atos do inesquecível Mestre.

Embora relutante, ao amanhecer de um belo dia, o discípulo dedicado dispôs-se a visitar outras comunidades, e quando se encontrava às portas das muralhas protetoras da cidade, viu pelo mesmo caminho, à margem do Rio Tibre, um vulto em luz que se aproximava. Quando lhe chegou mais perto, foi tomado de surpresa e, reconhecendo o Rabi amado, perguntou-Lhe: – Quo vadis Domini? (Para onde ides, Senhor?). E o sublime Amigo respondeu: – Dar novamente a vida por aqueles aos quais abandonaste!

Desnecessário dizer do choque do pescador, que se recompôs e retornou, entregando-se ao trabalho de iluminar consciências até o momento final, quando aprisionado com Paulo foi crucificado de cabeça para baixo, a seu pedido, por considerar não merecer morte igual à do Senhor...

O seu exemplo infundiu ânimo aos discípulos e aprendizes corajosos que buscavam as catacumbas, a fim de cultivarem o pensamento e a vida dAquele que, por amor, ofereceu a existência.

Todo ideal para tornar-se realidade exige testemunho, o sacrifício de quem o mantém. Os grandes idealistas do bem para a Humanidade sofreram reproche dos seus contemporâneos, perseguições e desprezo.

A História da sociedade é feita de sacrifícios e renúncias de mulheres e homens especiais que compreenderam a necessidade de imolar-se a benefício dos demais.

Seus silêncios estoicos, sua dedicação incomum e seus sacrifícios modificaram as estruturas das épocas em que viveram, facultando os benefícios que hoje todos usufruímos, sem dar-nos conta do tributo que lhes foi exigido pela ignorância e prepotência dos seus coetâneos.

Não raro invejamos os triunfadores e ases do progresso em todas as áreas do pensamento, da ação, da cultura. No entanto, bem poucos gostaríamos de oferecer as renúncias que lhes custaram as dores que padeceram, as situações que padeceram, as situações que passaram pelo caminho...

Não sejam, pois, de estranhar, as exigências e dificuldades que se te apresentam, sempre que planejas a autoiluminação, a dedicação ao bem geral, a renovação interior e a melhora da sociedade.

Nunca faltarão ociosos apedrejadores, nem insensatos difamadores, que se recusam a progredir e criam embaraços aos construtores da felicidade.

Nestes dias, quando a mensagem de Jesus perdeu o Seu significado libertador de consciências, muitos contentam-se em acomodar-se no prazer, acreditando-se verdadeiros fiéis.

Não temas, pois, os testemunhos. Eles te identificarão como seguidor real de Jesus.


Por: Divaldo Franco, Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 30.6.2017. Do site: http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=474


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