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A vida física é um processo evolutivo para o Espírito que se veste de matéria para as experiências necessárias à sua iluminação.

Dessa forma, cada existência carnal constitui abençoado ensejo para o desenvolvimento dos sublimes tesouros que dormem em germe no ser.

Passo a passo desperta a essência divina de que todos se constituem, em razão da sua gênese que é o amor de Nosso Pai Celeste.

Mediante os pensamentos, palavras e atos praticados, edificam-se as futuras jornadas, sempre decorrentes das anteriores, qual acontece em uma classe de estudos, cuja promoção para nível superior sempre depende de aprendizagem adquirida.

Quando ocorrem descuidos e deslizes morais, comportamentos insalubres e agressivos que perturbam a marcha do conhecimento, é estabelecida a necessidade da repetição do currículo, a fim de que venha a constituir alicerce para o somatório de novas informações.

De igual maneira ocorre na aquisição dos inestimáveis recursos intelectuais e morais, que faculta ao Espírito ser o autor da felicidade ou da desdita que lhe assinala a caminhada no rumo da perfeição.

Não existem exceções nos Códigos Soberanos da Divina Justiça, todos experimentam os mesmos desafios, graças aos quais apresentam-se portadores de diferentes níveis de consciência e de desenvolvimento ético-moral.

A imortalidade é, portanto, a meta a atingir através das sucessivas reencarnações, que são os diferentes degraus a conquistar, na simbologia da bíblica escada de Jacó, que conduz ao Infinito.

Em razão, portanto, do impositivo de crescimento para Deus, cabe a cada criatura o esforço para desembaraçar-se das paixões primitivas que a mantêm na ignorância e na sensualidade por onde transitou, adquirindo outros valores de natureza enobrecida, que lhe facultarão a harmonia interior, a saúde e a coragem para a luta incessante.

A morte física, em consequência, é um fenômeno biológico natural que alcança apenas a forma, o invólucro material que é deixado após o seu uso, prosseguindo a vida em outra dimensão e vibração de energia, na condição de princípio inteligente, que é o Espírito imortal.

Necessário que se considere a inevitabilidade da desencarnação, pensando diariamente na sua ocorrência, a fim de que não se seja surpreendido quando se der.
Distraído pelas sensações do corpo, o Espírito apega-se à matéria e às suas concessões, permite-se fixação perturbadora, de que terá que se libertar, não raro, a contributo do sofrimento, mediante a perturbação que o assalta além das fronteiras carnais.

Estás destinado à plenitude ou reino dos Céus, conforme a promessa de Jesus.

Não recalcitres ante o impositivo das Leis, que nem sempre respondem como gostarias aos apelos aflitivos durante o trânsito carnal.

Mergulha o pensamento e a emoção nas páginas libertadoras do Evangelho de Jesus, a fim de que possas insculpi-las na conduta diária, utilizando-te das mesmas como metodologia iluminativa ante as circunstâncias obscuras do período existencial.

Nada te acontece por acaso, por capricho do destino.

O teu é o destino reservado aos triunfadores, que somente depende de como te comportes e desejes.

Desde que compreendes a Lei de amor a que Jesus se referiu e viveu, mais facilmente enfrentarás os problemas que te surgirão à frente e os transformarás em lições de sabedoria.

Enquanto os insensatos desesperam-se ante as ocorrências mais desagradáveis, entregam-se à revolta e à blasfêmia, como se fossem eleitos e incorruptíveis, que não merecessem passar pelos mesmos caldeamentos a que todos estão sujeitos, permanece fiel ao dever, com paciência e coragem, de modo a enfrentares todas as vicissitudes com a alegria de alguém que se liberta das dívidas adquiridas anteriormente.

Jamais consideres que sofrimento é infelicidade ou desgraça, já que sabes que somente és chamado a resgatar compromissos que foram desrespeitados e atitudes que foram praticadas em agressão aos códigos do Bem.

Na transitoriedade terrena, todas as dores logo passarão e deixarão as marcas abençoadas ou afligentes que decorram da maneira como as enfrentares.
Desgraça real é o mal que possas fazer, são as atitudes de soberba e de ressentimento que cultives, as agressões e rebeldias que já não devem fazer parte da tua existência.

Da forma como te preparas para qualquer realização futura, também organiza-te para que a morte, quando chegar, te encontre rico de valores e de paz, não te causando qualquer tipo de aflição ou de choque.

Além do túmulo, continuarás conforme te encontras, dando prosseguimento aos compromissos abraçados, que não serão interrompidos, porque a vida estende-se além das vibrações do organismo físico.

Poderás continuar amando aqueles que ficarão na retaguarda, ajudá-los-as no crescimento pessoal, de modo que o amor continuará lenindo a saudade que, de alguma forma, é uma expressão de ternura que o afeto coloca no ser.

Não te desesperes ante os seres amados que a morte arrebatou momentaneamente do teu lado.

Eles prosseguem vivendo e cantam o hino da imortalidade.

Faze silêncio interior para ouvir-lhes as vozes, sentir-lhes as emoções, orares com eles e cresceres também no rumo da espiritualidade.

Eles te esperam com imensa alegria, porque sabem quão rapidamente passa o período orgânico na Terra.

Ora por eles com gratidão por tudo quanto te significam e os envolve em carinho, pois que o amor é a presença de Deus em todo o universo.


Por: Joanna de Ângelis, Psicografia de Divaldo Pereira Franco, em 30 de agosto de 2013, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Do site: http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=394


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