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Irmã, recebi a Sua carta.

A sua pedida é um barato.

Diz você que debutou, nestes dias, e sente sede de liberdade.

Quer fazer o seu caminho, morar em seu próprio nicho, entrar nas suas jogadas, largar aquele plá em sua madre viúva e mandar o seu irmão pro chuveiro.

E, depois, vida pra que te quero.

O engraçado da história é que você quer umas papas deste seu criado que já passou pela alfaiataria do mundo, abotoando o paletó quando menos esperava.

“Qual o seu pó sobre o meu assunto? Diga lá, irmão Augusto, alguma palavra que me ajude.”

Isso é o que você pede e estou baratinado para responder. Mas, olhe. Pra apoiar uma decisão dessa, cisma, garota de quinze anos, só mesmo se o seu irmão Augusto estivesse morando no inferno com força total.

Mas isso não acontece.

Não cheguei ao país dos anjos, e sim, largando os freios no mundo, esbarrei numa pedreira, onde amigos sensacionais me arranjaram trabalho pra valer.

Não estou num reformatório, mas me sinto em reforma pra melhoradas gerais.

Se você quer dicas sem saberenças, não saia de sua casa, à maneira de andorinha, cheirando a ovo, querendo voar sem penas. Se você fizer isso, esteja certa de que adquirirá outras penas tão pesadas que muito dificilmente conseguirá, algum dia, sair do chão.

Façamos de conta, que você se transformou numa ave dessas. Bastará que se veja sozinha para encontrar o gaturama, o gavioleiro, o gorgota, o intrujo, o lelé, o salafra, o embalado e o trampeiro, até que, por fim, você se reconhecerá num bando de mariposas e tirongueiros que deixarão você no liceu da canória.

Pode crer que Deus faça um milagre pra você, evitando essa, quiaca, mas o resultado que apresento, segundo a matemática do mundo, é o mais certo.

Enfim, a resposta do seu irmão Augusto não pode ser outra. Acredite, porém, que se você não puder pensar nesta base, será melhor fazer o que lhe vier à cuca, esquentada assim tão cedo, e que Deus a, proteja no resto.

Agora, boa, sorte pra você e tchau. Se não falei como devia, estou convencido de que disse o que deveria, dizer.


Por: Augusto Cezar, Do livro: Augusto Vive, Médium: Francisco Cândido Xavier


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