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O ambiente de reuniões espíritas, onde reine a fraternidade (aí compreendida a existência do respeito e da união), sempre traz ao seu participante uma leveza de intensa satisfação. É o efeito direto da fraternidade ! Claro que isto não se restringe às reuniões espíritas, pois que onde estejam pessoas simpáticas entre si, irmanadas pelo mesmo ideal de promover o bem a si e/ou a terceiros, a conseqüência natural será o bem estar.
trazido o assunto para o ambiente espírita, fica ele com tonalidades muito mais sólidas pelo próprio conhecimento que a Doutrina traz. Já é do conhecimento dos espíritas os efeitos da comunhão de pensamentos. Allan Kardec chegou a proferir um discurso sobre o tema, especificamente no dia 02 de novembro de 1864 em reunião especial na Sociedade Espírita de Paris, como lembrança aos irmãos espíritas já falecidos. O texto em questão é de primorosa qualidade, que bem indica a sabedoria e alcance do Codificador e o leitor interessado em conhecê-lo na íntegra poderá buscá-lo na REVISTA ESPÍRITA* (Tomo VII , ano de 1864, edição IDE, págs. 353 a 359).
Transcrevemos, todavia, dois pequenos trechos, para motivar o leitor a buscar o referido texto em sua totalidade, conforme acima indicado. A transcrição, embora parcial, objetiva também oferecer valiosa reflexão a todos nós, integrantes das Casas Espíritas, voltadas para o objetivo final da fraternidade:

a- "(...) Tal é a causa do sentimento de satisfação que se sente numa reunião simpática; ali reina como uma atmosfera moral saudável, onde se respira comodamente; dali se sai reconfortado, porque se está impregnado de correntes fluídicas salutares. Assim se explicam também a ansiedade, o mal-estar que se sente num meio antipático, onde os pensamentos malévolos provocam, por assim dizer, correntes fluídicas malsãs. A comunhão de pensamentos produz, pois, uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral; é o que só o Espiritismo poderia fazer compreender. O homem o sente instintivamente, uma vez que procura as reuniões onde sabe encontrar essa comunhão; nessas reuniões homogêneas e simpáticas, ele haure novas forças morais; poder-se-ia dizer que ali recupera as perdas fluídicas que tem cada dia pela radiação'>irradiação do pensamento, como recupera pelos alimentos as perdas do corpo material. (...)"


b- "(...)Todas as reuniões religiosas, qualquer que seja o culto a que pertençam, são fundadas sobre a comunhão de pensamentos; está aí um efeito que deve e pode exercer todo o seu poder, porque o objetivo deve ser desligamento do pensamento dos constrangimentos da matéria. Infelizmente a maioria se desviou deste princípio, à medida que fez da religião uma questão de forma. Disso resulta que cada um fazendo consistir seu dever no cumprimento da forma, acreditou-se quite com Deus e com os homens, quando praticou uma fórmula. Disso resulta ainda que cada um vai nesses lugares de reuniões religiosas com um pensamento pessoal, por sua própria conta, e, o mais freqüentemente, sem nenhum sentimento de confraternização com respeito aos outros assistentes; está isolado no meio da multidão, e não pensa no céu senão para si mesmo.(...)"
Observem os leitores que dos itens acima, podemos extrair vários itens na abordagem sobre grupos espíritas:
Verdadeiramente, sabem os que participam de grupos sérios, constituídos de pessoas afins entre si, da satisfação e alegria que se sentem nestes ambientes, nos encontros e reencontros semanais. Ao mesmo tempo, conhece-se das forças que se haure nessas reuniões, fortalecendo o ânimo e a saúde. Muito comum chegar-se exausto pelas lutas do dia e renovar-se inteiramente pela simples permanência no ambiente. Temos notado inclusive, ao final da reunião, que há até uma hesitação em levantar-se, tamanha a leveza e tranqüilidade do ambiente. É, pois, uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral, como considerou o Codificador.
Os que se isolam, desconsideram ou mesmo desprezam as reuniões de estudos e palestras; não imaginam o que perdem. Além do conhecimento, da troca de idéias, perde-se o valioso ensejo da vivência fraterna com os companheiros que se alimentam fluidicamente entre si. Deixam passar o ensejo de receber os benefícios da união no objetivo comum. No caso, lembramos o "onde estiverem reunidas duas ou três pessoas em meu nome ... " Normalmente, são esses mesmos os que vivem a lamentar, a buscar continuamente - sem encontrar - soluções para seus incontáveis males que nunca cessam.
Ora, a alegria interior, a satisfação de estar entre amigos, produz bem estar, equilíbrio, saúde... Como ausentar-se, isolar-se, conhecendo-se os benefícios da fraternidade?
Por outro, no item b) acima, confrontando com os ensinamentos do Espiritismo sobre o combate ao egoísmo, conclui-se com facilidade que a participação e freqüência em grupos homogêneos, com o pensamento voltado para o bem estar de todos, é valioso exercício de desprendimento, buscando na fraternidade o combate aos terríveis efeitos do egoísmo. E também, aprendendo com a Doutrina, onde não há fórmulas nem rituais, a freqüência aos grupos na busca de estudos e fortalecimento moral, há a conscientização de que a ida aos Centros ou Grupos Espíritas se constitui em ideal de interesse individual e coletivo, no progresso e na felicidade que se busca. Comparece-se não por dever ou formalismo religioso, mas pela satisfação que se irá levar e encontrar. E a palavra interesse, há pouco citada, está no sentido do conhecimento, do progresso, do crescimento em geral.
Ensinam-nos os Benfeitores Espirituais, por sua vez, que, em ambientes fraternos, espíritas ou não, onde imperem a sinceridade, o desejo do bem, a assistência espiritual é sempre muito pródiga em bênçãos de saúde e amparo aos que necessitam, para os integrantes da assembléia ou como fonte de recursos para criaturas necessitadas, próximas ou distantes. É que, cientificamente, a fraternidade produz ondas de bem estar, pela força da comunhão de pensamentos, que são direcionadas para amparar enfermos, proteger desalentados, orientar caídos, direcionar recursos para devotados trabalhadores do bem, em qualquer denominação religiosa ou ação humana.
Tudo isso porque o bem faz bem. Sejamos fraternos para recebermos a satisfação desta virtude sublime. E já que somos irmãos, primeiro por origem e depois por ideal, a fraternidade pode ser nossa bússola para a felicidade.
Verdadeiramente, sabem os que participam de grupos sérios, constituídos de pessoas afins entre si, da satisfação e alegria que se sentem nestes ambientes, nos encontros e reencontros semanais. Ao mesmo tempo, conhece-se das forças que se haure nessas reuniões, fortalecendo o ânimo e a saúde. Muito comum chegar-se exausto pelas lutas do dia e renovar-se inteiramente pela simples permanência no ambiente. Temos notado inclusive, ao final da reunião, que há até uma hesitação em levantar-se, tamanha a leveza e tranqüilidade do ambiente. É, pois, uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral, como considerou o Codificador.
os que se isolam, desconsideram ou mesmo desprezam as reuniões de estudos e palestras; não imaginam o que perdem. Além do conhecimento, da troca de idéias, perde-se o valioso ensejo da vivência fraterna com os companheiros que se alimentam fluidicamente entre si. Deixam passar o ensejo de receber os benefícios da união no objetivo comum. No caso, lembramos o "onde estiverem reunidas duas ou três pessoas em meu nome ... " Normalmente, são esses mesmos os que vivem a lamentar, a buscar continuamente - sem encontrar - soluções para seus incontáveis males que nunca cessam.
Ora, a alegria interior, a satisfação de estar entre amigos, produz bem estar, equilíbrio, saúde... Como ausentar-se, isolar-se, conhecendo-se os benefícios da fraternidade?
Por outro, no item b) acima, confrontando com os ensinamentos do Espiritismo sobre o combate ao egoísmo, conclui-se com facilidade que a participação e freqüência em grupos homogêneos, com o pensamento voltado para o bem estar de todos, é valioso exercício de desprendimento, buscando na fraternidade o combate aos terríveis efeitos do egoísmo. E também, aprendendo com a Doutrina, onde não há fórmulas nem rituais, a freqüência aos grupos na busca de estudos e fortalecimento moral, há a conscientização de que a ida aos Centros ou Grupos Espíritas se constitui em ideal de interesse individual e coletivo, no progresso e na felicidade que se busca. Comparece-se não por dever ou formalismo religioso, mas pela satisfação que se irá levar e encontrar. E a palavra interesse, há pouco citada, está no sentido do conhecimento, do progresso, do crescimento em geral.
Ensinam-nos os Benfeitores Espirituais, por sua vez, que, em ambientes fraternos, espíritas ou não, onde imperem a sinceridade, o desejo do bem, a assistência espiritual é sempre muito pródiga em bênçãos de saúde e amparo aos que necessitam, para os integrantes da assembléia ou como fonte de recursos para criaturas necessitadas, próximas ou distantes. É que, cientificamente, a fraternidade produz ondas de bem estar, pela força da comunhão de pensamentos, que são direcionadas para amparar enfermos, proteger desalentados, orientar caídos, direcionar recursos para devotados trabalhadores do bem, em qualquer denominação religiosa ou ação humana.
Tudo isso porque o bem faz bem. Sejamos fraternos para recebermos a satisfação desta virtude sublime. E já que somos irmãos, primeiro por origem e depois por ideal, a fraternidade pode ser nossa bússola para a felicidade.


Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site


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