Ensinar, por Espíritos Diversos
O Delay na Comunicação Mediúnica
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Nas transmissões via satélite todos estamos muito habituados a constatar a
existência de um espaço de tempo nos diálogos entre repórteres que dialogam
entre si. É o chamado delay. São segundos de intervalo entre os que se encontram
distantes e que dialogam ao vivo, cujo tempo chega a incomodar. Mesmo nas
transmissões comparadas entre rádio e tv, incluindo a internet, é comum ocorrer
que o grito de gol chegue atrasado.
Em tese'>síntese é um atraso e representa a diferença de tempo entre o envio e o
recebimento de um sinal ou informação em sistemas de comunicação, ainda que
milésimos de segundos.
E você já parou para pensar que existe também um delay nas comunicações
mediúnicas?
Desconsiderar esse fato pode levar à precipitação do dialogador que atende, por
exemplo, um espírito em dificuldade. Nos diálogos com os espíritos,
especialmente nos atendimentos socorristas de esclarecimentos, é preciso dar um
tempo, aguardar a resposta. Afinal, mesmo que o espírito responda de imediato a
uma indagação do esclarecedor, há que se considerar que a comunicação está num
processo entre o autor espiritual e o médium que processa a informação.
Vale lembrar que médium é um intermediário, é uma ponte entre a origem da
informação e o destinatário da comunicação, que normalmente é o dialogador
encarnado. Trava-se aí um processamento da ideia comunicada, onde o médium tem
ativa participação, pois que influi no conteúdo, tanto intelectual quanto
moralmente considerado. Há uma conexão entre o comunicante espiritual e o “meio”
de transmissão que é o médium – cujas características de percepção, absorção e
processamento variam ao infinito, especialmente em função de seu intelecto, de
sua moralidade, da experiência e mesmo de suas variadas bagagens como ser humano
encarnado e como espírito imortal.
Levando-se em conta esses detalhes, o esclarecedor precisa dar um tempo,
aguardando as respostas, cujo tempo de processamento vai depender da experiência
e dificuldade ou facilidade do médium, na assimilação da mensagem e sua
transmissão no contexto do diálogo.
Existe ainda a influência do meio que pode dificultar ou facilitar igualmente o
processo. As condições orgânicas e mesmo as emocionais e psicológicas do médium
igualmente influenciam nesse quadro de decodificação do conteúdo. Um médium
experiente, mais preparado, processará rapidamente, outro levará um tempo maior.
Esse tempo pode variar de segundos a minutos e não deve impacientar o
esclarecedor. Esse deve aguardar pelo menos um tempo relativo, até porque uma
demora na resposta também pode representar retirada ou saída do espírito e mesmo
ser algo proposital. Daí a experiência de sempre observar. O esclarecedor
aprenderá isso com o tempo.
Mas é um assunto nunca falado que igualmente precisa ser abordado, até para
diminuir a ansiedade dos esclarecedores mais novos. Por sua vez, o esclarecedor
também precisa processar sua resposta, na maioria das vezes inspirada pelos bons
Espíritos. É um processo mútuo. Aliás, a mediunidade é uma faculdade
maravilhosa, fonte fecunda de aprendizados.
Estamos sempre aprendendo com as experiências e a prática aprimora nossas
tarefas.
Se nos diálogos entre nós, os encarnados, muitas vezes precisamos de um tempo
para pensar por nós mesmos, considere que no intercâmbio mediúnico são duas
mentes em conexão e sofrendo interferências variadas, levando, pois, um tempo
para ser devidamente assimilada.
O aguardar pode reservar grandes surpresas e aprendizados.
Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo autor para publicação em nosso site
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