Ensinar, por Espíritos Diversos
Recomecemos
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Sucedem-se os anos com matemática precisão, mas os dias são sempre novos.
Dispondo, assim, de trezentas e sessenta e cinco ocasiões de aprendizado e
recomeço, anualmente, quantas oportunidades de renovação moral encontraremos, no
abençoado período de uma existência?
Conservemos do nosso passado o que for bom e justo, belo e nobre. Mas não
guardemos os detritos e as sombras, ainda mesmo quando mascarados de encantador
revestimento.
Não coloquemos em ombros alheios a realização de ações que expressem
fraternidade real. Tomemos a iniciativa e façamos o melhor ao nosso alcance.
Cada hora que surge pode ser portadora de reajustamento.
Se possível, não deixemos para depois os laços de amor e paz que podemos criar
agora, em substituição às pesadas algemas do desafeto.
Não é fácil quebrar antigos princípios do mundo ou desenovelar o coração, a
favor daqueles que nos ferem.
Entretanto, o melhor antídoto contra os tóxicos da aversão é a nossa boa
vontade, a benefício daqueles que nos odeiam ou que ainda não nos compreendem.
Enquanto nos demoramos na fortaleza defensiva, o adversário pensa em enriquecer
as munições com que nos possa agredir.
Se nos apresentamos desassombrados e serenos, mostrando novas disposições na
luta, a ideia de acordo substitui, dentro de nós e em torno de nossos passos, a
escura fermentação da guerra.
Alguém nos magoa? Reiniciemos o esforço da boa compreensão.
Alguém não nos entende? Perseveremos em demonstrar as intenções mais nobres.
Revivamos, cada dia, na corrente cristalina e incessante do bem.
Não olvidemos a orientação do Mestre: Aquele que não nascer de novo não pode ver
o reino de Deus.
Renasçamos em nossos propósitos, deliberações e atitudes, trabalhando para
superar os obstáculos que nos cercam e alcançando a antecipação da vitória sobre
nós mesmos, no tempo...
Mais vale auxiliar, ainda hoje, que ser auxiliado amanhã.
Temos a oportunidade de nos recriar a cada momento, de rever atitudes, ideias e
sentimentos. Somos obra inacabada em processo de aprimoramento.
Sejamos como as células de nosso corpo físico, que se renovam completamente de
tempos em tempos.
Não nos permitamos a acomodação, a permanência numa mesma posição durante muito
tempo. Somos feitos para nos transformar sempre.
Com raízes bem firmes, construamos nosso edifício, andar por andar, recriando
cômodos, reformando o que precisa ser reformado, sem nos sentirmos embaraçados
por isso.
Nossa alma é nossa obra em transformação.
Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas,
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras. Planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha, um poema.
E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede.
Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita, com base no cap. 56, do livro Fonte viva, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed FEP e no poema Aninha e suas pedras, do livro Melhores poemas, de Cora Coralina, ed. Global Pocket. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5445&stat=0
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