Ensinar, por Espíritos Diversos
Virtude Solitária
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Há quem deseje tranqüilidade ideal na Terra, com a pretensão de fugir ao
erro.
Casa branca no aclive da serra, com o vale rente.
Fontes claras, correndo perto, e jardim florido.
Clima doce e perfume da natureza.
Nenhum aborrecimento.
Nenhum cuidado.
Falta alguma.
Problema algum.
Solidão saborosa em que o morador consiga estirar-se, inerte, em poltronas e
redes.
No entanto, é no trato da luta que as forças se enrijam e as qualidades se
aperfeiçoam.
Considerando-se que o mal é a experiência inferior nos quadros da experiência
mais nobre, é nos serviço do amparo mútuo e da tolerância recíproca que havemos
de transformá-lo em bem duradouro, como se tomássemos as nossas próprias sombras
de ontem para convertê-las na luz de hoje.
Livres, estamos interligados perante a Lei, para fazer o melhor, e, escravizados
aos compromissos expiatórios, estaremos acorrentados uns aos outros no instituto
da reencarnação, segundo a Lei, para anular o pior que já foi feito por nós
mesmos nas existências passadas.
Ninguém progride sem alguém.
Abençoemos, assim, as provações que nos abençoam.
Trabalho é ascensão.
Dor é burilamento.
Toda adversidade avisa, todo sofrimento instrui, todo pranto lava, toda
dificuldade e toda crise seleciona.
Virtude solitária é pão na vitrine.
Competência no palanque é usura da alma.
Todos somos alunos na escola da vida.
E ninguém consegue aprender sem dar a lição.
Por: Emmanuel, Do livro: Justiça Divina, Médium: Francisco Cândido Xavier
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