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Falecera a sovina Nhá Rosenda.
Brigara por vintém depois da janta...
Na noite inteira, o povo reza e canta,
Falando em Deus, no Sítio da Moenda...

Sigo o caixão dourado em seda e renda,
Na sepultura, fala o Zé da Manta:
-“Nhá Rosenda, no Céu, será mais santa,
Era um anjo nas lutas da fazenda...”

Alguém traz a coroa derradeira,
A morta larga o corpo na carreira,
Quer dinheiro, pragueja, desacata...

Depois sumiu...Mas, hoje, em Pirapama,
Encontrei Nhá Rosenda entregue à lama,
Crendo agarrar pacotes de ouro e prata.


Por: Casimiro Cunha, Do livro: Estrelas no Chão, Médium: Francisco Cândido Xavier


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