Ensinar, por Espíritos Diversos
Doentes da Alma
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Existem doentes da alma, quanto existem enfermos do corpo.
Quando encontrares companheiros envolvidos na sombra do materialismo destruidor, ao invés de invectivá-los, compadece-te.
Cercados pela vida triunfante, do sol aos vermes e do lodo às estrelas, quantos se acham aparentemente desligados da idéia de Deus e trazem o coração em transitório desequilíbrio.
Se te hostilizam, silencia.
Se te provocam, abençoa.
Não lhes atires fel ao vinagre em que se lhes represa a existência.
Pensa nas dificuldades e lágrimas que os fizeram assim.
Considera, sobretudo, que não são indiferentes à fé porque o desejem.
Surpreendemos os que foram orientados na rebeldia, desde a primeira infância e
não dispõem de facilidades imediatas para renovarem convicções; os que viram
mentalmente espancados por desenganos e perderam a confiança em si próprios; os
que se supunham superiores à Sabedoria Divina e quiseram subjugar os seus
irmãos, caindo em amargas experiências que os constrangeram ao reconhecimento da
própria pequenez que ainda não conseguem admitir; os que tiveram a casa visitada
pela morte e se revoltaram contra as leis da Vida que lhes favorecem os entes
amados com a libertação, antes que se lhes arrochassem as cadeias de sofrimento;
os que estimariam poder transformar inconsideravelmente os princípios do
Universo e se fazem adversários de Deus por não lhes ser possível o controle
absoluto da Natureza e da Humanidade; e aqueles outros que se enredaram em laços
de angústia e pranto, pretendendo a fuga dos recursos expiatórios que criaram
para si mesmos, na liberação das próprias culpas.
Por: Emmanuel, Médium: Francisco Cândido Xavier
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