Ensinar, por Espíritos Diversos
Linguagem
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"Linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se
envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós." - Paulo. (TITO, 2:8.)
Através da linguagem, o homem ajuda-se ou se desajuda.
Ainda mesmo que o nosso íntimo permaneça nevoado de problemas, não é
aconselhável que a nossa palavra se faça turva ou desequilibrada para os outros.
Cada qual tem o seu enigma, a sua necessidade e a sua dor e não é justo aumentar
as aflições do vizinho com a carga de nossas inquietações.
A exteriorização da queixa desencoraja, o verbo da aspereza vergasta, a
observação do maldizente confunde...
Pela nossa manifestação mal conduzida para com os erros dos outros, afastamos a
verdade de nós.
Pela nossa expressão verbalista menos enobrecida, repelimos a bênção do amor que
nos encheria do contentamento de viver.
Tenhamos a precisa coragem de eliminar, por nós mesmos, os raios de nossos
sentimentos e desejos descontrolados.
A palavra é canal do "eu".
Pela válvula da língua, nossas paixões explodem ou nossas virtudes se estendem.
Cada vez que arrojamos para fora de nós o vocabulário que nos é próprio,
emitimos forças que destroem ou edificam, que solapam ou restauram, que ferem ou
balsamizam.
Linguagem, a nosso entender, se constitui de três elementos essenciais:
expressão, maneira e voz.
Se não aclaramos a frase, se não apuramos o modo e se não educamos a voz, de
acordo com as nossas situações, somos suscetíveis de perder as nossas melhores
oportunidades de melhoria, entendimento e elevação.
Paulo de Tarso fornece a receita adequada aos aprendizes do Evangelho.
Nem linguagem doce demais, nem amarga em excesso. Nem branda em demasia,
afugentando a confiança, nem áspera ou contundente, quebrando a simpatia, mas
sim "linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se envergonhe, não
tendo nenhum mal que dizer de nós".
Por: Emmanuel, Médium: Francisco Cândido Xavier
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